sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um mergulho na voz de Doris Day


Sempre tive paixão por Doris Day.

Por ela e pela Esther Williams, por motivos diversos. Esther megulhava nas piscinas, Doris nas palavas, no canto límpido, igual à Zezé Gonzaga.

Compartilhem comigo essa re-descoberta.
Procurem um saite qualquer que fale da Doris, ouçam-na cantar.
Que coisa bonita! Que coisa bonita! Que coisa bonita!
Os fanáticos por jazz a odeiam, por ser branca e loura - assim como Peggy Lee.
Esse fanatismo me cheira danoso.
Enfim...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Meu voto em Dilma

Aldir Blanc me telefona, advertindo para os rumos de satanização da campanha presidencial. Confesso que, na hora, não me dei conta da gravidade da advertência. Eis o texto que ele divulgou na internet.

Comprei o “Dicionário analógico” prefaciado por Chico Buarque, que agora divide prateleira com o de “Idéias Afins”, do xará Hermínio Sargentim. (Aliás, preciso recomprar o “Mèrde, Dictionaire des Injures” – um presente de meu querido Turíbio Santos e que redestinei a outro amigo querido, o poeta Carlos Drummond de Andrade). Fui também ao “Dicionário Etimológico”, do Antonio Geraldo Cunha.

Essa procura se deve à capa da “Veja” desta semana. Nela, a figura da candidata Dilma Rousseff surge diagramada de forma não muito original: a mesma foto aparece duplicada, mas em sentido oposto. Na parte de cima, em fundo vermelho, uma declaração da candidata sobre aborto. Na inferior, a mesma foto, inversa, sobre fundo branco, com outra opinião da mesma candidata a respeito do tema polêmico.

Senti ali, na hora: eis a mão peluda da direita mais conservadora expondo suas garras, suas unhas sujas.  O fundo vermelho da parte superior me remete ao satanismo – sempre foi assim, desde a infância. A analogia se faz óbvia, pelo menos para mim. Deixei de investigar nos dicionários a clarificação exata do que seria satanismo. Mas a intenção da revista está ali, tão às claras, que dispensa qualquer dicionarização.

Não preciso esperar de Marina Silva a declaração de voto que fará para os dois candidatos à presidência, ou à possível abstenção de voto, liberando seus vinte milhões de eleitores para seguirem suas consciências.

Mais uma vez, é a voz da hipocrisia que fala mais alto. A palavra aborto é maldita, e assim também se evita falar sobre drogas, sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, temas que em outros paises menos subdesenvolvidos são abertamente discutidos – embora, sei lá, deva encontrar alguma resistência das elites conservadoras, das igrejas, ou das pessoas que simplesmente não desejam participar da questão. E respeite-se, pois, esses abstinentes. Faz parte do discurso democrático respeitar as opiniões ou a falta delas.

O que me fez votar em Marina Silva no primeiro turno foi exatamente a postura arrogante de parte dos seguidores de Dilma Rousseff, e dela mesmo, que pareciam ungidos pela vitória nas urnas, antes mesmo que elas abrissem suas bocarras. Foi um pito, um “preste atenção em seu nariz empinado”, foi uma forma democrática de dizer que votaríamos nela sim, desde que descesse de seu salto alto – e que o voto em Marina, candidata de postura fascinante, era nossa forma de dizer que existem outras maneiras de se disputar uma eleição.

Uma delas, agora, está expressa na nojenta capa da “Veja”. É uma forma de se desviar de discussões mais objetivas como saúde, educação, cultura, saneamento, planejamento familiar, etc. e tal.

Não preciso aguardar a decisão de Marina Silva para declarar meu voto em Dilma Rousseff. A mão peluda que diagramou a capa da revista “Veja” é claro que me assusta.

Mas foi uma forma clara de nos deixar atentos às manobras da direita. 

Hermínio Bello de Carvalho

PS. Hugo Carvana e outros artistas nos convocam para encontro no Teatro Casa Grande, dia 18/10. Estarei lá.


"Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos agora para apoiar Dilma Rousseff.
Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana. "
O texto será entregue no Casa Grande, dia 18, às 20 hs.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nem cabe explicação

O encontro de Hermínio e Clementina de Jesus em 1984.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Coisa de doido

Hermínio Bello de Carvalho from FLi Multimídia on Vimeo.


“Fazer arte é uma coisa para doido, para maluco e eu aconselho a loucura total. Por favor, eu quero a insanidade dessa área.” É o que diz Hermínio ao site Produção Cultural no Brasil. Para saber mais sobre o projeto, clique AQUI.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

20 anos sem Elizeth



Hermínio participa do programa "Arquivo N", da Globonews, em lembrança aos 20 anos de morte da cantora Elizeth Cardoso. Clique AQUI para assistir.